segunda-feira, 15 de setembro de 2014

E o seu livre-arbítrio?




Diz-se na doutrina espírita muito sobre a questão do livre arbítrio como forma de escolher o caminho a se seguir, e que realmente consiste em tal, porém existem no MEB alguns que utilizam do mesmo livre-arbítrio para desviar de seus compromissos. Não venho aqui falar de OBRIGAÇÕES que ao meu entender seria a palavra que mais se encaixaria no contexto, mas sim das responsabilidades que assumimos junto à casa espírita.
No livro “Aconteceu na casa espírita” relata varias formas de que nossos irmãos menos esclarecidos tentam infiltrar nas casas espíritas para poder leva-las a ruína todo trabalho. Seja através dos romances proibidos entre colaborados da casa, o orgulho de alguns ou até mesmo e mais perigosos das “atualizações” ou troca das obras de Kardec, mas outra forma perigosa é a do “livre-arbítrio” que nos deixa em uma situação cômoda e alheia as nossas tarefas quanto trabalhadores da casa espírita. Não é de hoje que em dias de nossas contribuições com a casa espírita, surgem vários convites em horários paralelos as nossas responsabilidades, que por vezes começam a se tornarem rotineiras, ai mora o perigo onde deixamos nosso livre-arbítrio sempre como opção. 

Vejamos Kardec em "O evangelho Segundo o Espiritismo". CAP. III item 16

[...] Já ouvistes falar desses mundos em que a alma nascente é colocada, ainda ignorante do bem e do mal, para que possa marchar em direção a Deus, senhora de si mesma, na posse do seu livre-arbítrio. Já ouvistes falar das amplas faculdades de que a alma foi dotada, para praticar o bem. Mas ai!, Existem as que sucumbem! Então Deus, que não quer aniquilá-las, permite-lhes ir a esses mundos em que, de encarnações em encarnações podem fazer-se novamente dignas da glória a que foram destinadas. Santo Agostinho, Paris 1862.

Nesta elucidação, vê-se que o livre-arbítrio é um dom de que o Espírito pode abusar, mas terá sempre de enfrentar as consequências desse abuso, sofrendo encarnações destinadas a purificá-lo, transformá-lo, regenerá-lo, o que não deixa de ser pena de efeito verdadeiramente misericordioso. Portanto cada um é decide seus atos e pensamentos sendo também responsáveis por tal, se virarmos a observar os grandes benfeitores da humanidade optaram por sacrificar a parcela social em prol da uma causa, talvez não tenhamos maturidade espiritual para tanto, mas devemos tentar gradativamente em consenso com nossas responsabilidades nos doar mais a doutrina espírita, fazendo do nosso livre-arbítrio uma boa e sensata opção.

"As faltas que cometemos têm, pois, sua fonte primeira nas imperfeições de nosso próprio Espírito, que não atingiu ainda a superioridade moral que terá um dia, mas que nem por isso tem diminuído o seu livre arbítrio" Allan Kardec – O livro dos Espíritos, CAP. X

Rosenildo de Oliveira