segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Não crês na reencarnação? Então explique este fenômeno!



Não crês na reencarnação? Então explique este fenômeno!


O menino tem quatro anos e o estudo de piano leva oito. Mistério? Será? Ou será que esta provada a reencarnação com este menino-prodígio?

Dicionário: A reencarnação é o pressuposto de vidas múltiplas para o ser humano.

O que é a Reencarnação? Para que serve?
Reencarnar é voltar a viver num novo corpo físico. É uma nova oportunidade de aprendizado, como prova do amor de Deus para seus filhos. Só através da reencarnação se prova a justiça e a bondade de Deus, pois é a única explicação racional para as desigualdades sociais existentes no mundo. Como explicar o fato de crianças que morrem em tenra idade, enquanto outras criaturas vivem quase 100 anos? Como explicar os que nascem com saúde perfeita, enquanto outros nascem com deficiências físicas grosseiras? Somente a reencarnação nos dá a chave desse "mistério". Com as múltiplas experiências na carne, temos a chance de adquirir e aprimorar conhecimentos que ainda nos faltam nos campos do intelecto e da moral. Além de reatar as amizades com nossos inimigos e reparar erros do passado. Quando estivermos evoluídos moral e intelectualmente, não mais necessitaremos reencarnar.

Quantas reencarnações tivemos e teremos?
Não se pode precisar o número de reencarnações que uma pessoa já teve, pois isso depende do estado evolutivo em se encontra o Espírito. Uns evoluem mais rápido por seu maior esforço, portanto necessitam de passar menor número de vezes na carne, outros são mais lentos permanecendo mais tempo no mundo de sofrimentos. Tudo dependerá de nós. Quanto mais rápido progredirmos moral e intelectualmente, menos encarnações teremos que sofrer. Quando nosso Espírito tiver alcançado todos os graus de evolução moral e intelectual, seremos Espíritos puros. Um exemplo de Espírito puro é o Mestre Jesus.  

E quando chegarmos à perfeição, o que faremos?
Seremos encarregados de cumprir os desígnios de Deus, colaborando com a manutenção da ordem universal e transformando-nos em Seus mensageiros nos mais diversos mundos habitados. O trabalho nunca acabará, pois a criação divina é incessante e há diversos mundos em faixa de evolução diferentes. Os Espíritos fazem parte do conjunto de inteligências que governam o Universo, mas, em termos de existência, estão ligados a Deus assim como as folhas em uma árvore. 

O Espírito sempre reencarna no mesmo sexo?
Não, pois o Espírito necessita vivenciar as experiências específicas aos dois sexos, como aprendizado para seu aprimoramento moral e intelectual. A escolha de cada sexo, depende da prova ou expiação que se deve passar. Não é verdadeira a idéia de que a cada encarnação o Espírito mude de sexo. Às vezes, vive diversas vidas com um mesmo sexo, para só depois situar-se em outro campo da sexualidade. Também não é correto o pensamento de que a homossexualidade é produto da mudança de sexo do Espírito antes da sua encarnação. O homossexual é um ser em desequilíbrio moral ou vivencia uma vida resgatando um passado delituoso. 

Por que não nos lembramos das nossas vidas passadas?
O esquecimento temporário das vidas passadas é uma necessidade. Não devemos nos lembrar das vidas passadas enquanto estamos encarnados, e nisso está a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são nossos filhos, irmãos, pais e amigos, que, presentemente, se encontram junto de nós para a reconciliação. Por isso a reencarnação é uma bênção de Deus para seus filhos. As lembranças de erros passados certamente trariam desequilíbrios de toda ordem, uma vez que estamos muito mais perto do ponto de partida do que do ponto de chegada, em termos de caminhada evolutiva. Depois de desencarnado, normalmente nos lembramos de parte desse passado, conforme o grau evolutivo em que nos situamos. 

Como posso saber das minhas outras encarnações?
Convém, por enquanto, não saber. Allan Kardec nos mostra com coerência e bom senso, que não devemos buscar saber o que fomos noutras vidas. Os Espíritos estão todos sujeitos à lei de evolução e, por isso, quando se remonta ao passado, depara-se com situações morais bem piores do que aquela em que atualmente se encontra. Ao recordarmos experiências infelizes de outras vidas, certamente ficaríamos perturbados mentalmente. Seria muito difícil para alguém viver uma encarnação, sabendo que fora noutras existências um assassino cruel, ou alguém que tivesse tirado a própria vida. Assim, o esquecimento das vidas passadas ajudaria, por exemplo, um rei que agira com irresponsabilidade no passado, e que foi condenado a viver encarnado numa favela. Ele aproveitaria sua encarnação, sem que as lembranças da boa vida que tivera o perturbasse. Do mesmo modo, um antigo inimigo poderia reencarnar como nosso filho, facultando assim as condições de reparar erros e extinguir mágoas. A lembrança de outras vidas seria um tormento para a vida de relação e impediria a ação inteligente da Lei, contribuindo para a melhoria do Espírito. Mas, não podemos nos esquecer que o esquecimento do passado é apenas momentâneo. Na vida espiritual as recordações voltam à mente do Espírito com naturalidade, segundo as condições evolutivas de cada um. Só em casos excepcionais Deus permite que durante a vida carnal, o homem saiba de alguns fatos ligados ao seu passado. 

Qual o tempo que separa as encarnações?
Não há tempo definido, pois depende da necessidade do Espírito em depurar-se, expandindo seus conhecimentos intelectuais e morais, passando por provas e expiações. Quanto mais endividado com a Lei de Deus, menos tempo permanece o Espírito no mundo espiritual. Digamos que aqui seja o local onde se pagam as contas e se conseguem novas oportunidades de crédito. Se tem muitas dívidas e deseja novos créditos, ele vem mais freqüentemente e em menor espaço de tempo, pois quer se ver livre dos débitos e abrir novas possibilidades para sua felicidade como filho do Altíssimo. Portanto, o tempo que separa as encarnações depende da condição evolutiva do Espírito. 

Os líderes umbralinos também organizam encarnações?
As encarnações dos Espíritos obedecem, como tudo, a uma lei. É evidente que tudo se fundamenta em uma ordem universal e seria acreditar no caos e na desordem pensar que coisas tão importantes como a programação da vida de um ser imortal pudesse ser feito por entidades sem nenhum compromisso com o Bem, com a lei de Deus. As encarnações obedecem a um projeto divino, mesmo que aparentemente possa parecer o contrário, em algumas situações. Nada acontece sem que o Criador de todas as coisas o queira. Os Espíritos superiores trabalham em Seu nome e realizam todas as suas obras, desde os planos mais primitivos até os mais elevados. 

Uma alma que atingiu a perfeição, não volta a reencarnar?
A reencarnação é uma necessidade da alma imperfeita que, através das experiências na matéria, aprende o que necessita para sua definitiva libertação da ignorância e conquista do direito de viver na Vida Eterna. Os Espíritos puros não necessitam mais dessa experiência, pois já atingiram seu objetivo. Só reencarnam nos mundos materiais para cumprirem missões de grande importância, nas regiões onde houver necessidade. O maior exemplo de encarnações missionárias é Jesus. 

Se o nosso arquivo desta vida e das vidas passadas se encontram gravadas em nosso perispírito e ele tende a desaparecer com a nossa evolução, como e onde ficam estes arquivos?
Já dissemos em perguntas anteriores que a memória do Espírito não se encontra no perispírito. Este é um conceito retirado de livros psicografados (que não foram submetidos ao Controle Universal - inexistente) e não do pensamento dos Espíritos superiores responsáveis pela Codificação. A teoria contraria as Obras Básicas e evidentemente não encontra fundamento lógico que possa explicá-lo. A memória da individualidade se encontra na intimidade do Espírito, em seu arquivo permanente, no que se chama "sensorium comune". O perispírito é matéria. Seria uma incoerência acreditar que a coisa mais importante para Espírito, que são suas experiências vividas, pudesse estar atrelada e confinada à matéria. Veja mais sobre o assunto em perguntas anteriores, nesta mesma página. 

A partir de qual momento é considerada o surgimento do ser humano: fecundação, do surgimento do sistema nervoso, ou do nascimento?
A partir da fecundação já existe a ligação da alma com o corpo, embora a concretização da reencarnação se dê apenas no nascimento. O Espírito se liga ao corpo que lhe dará vida física desde o instante da concepção por um laço fluídico e entra em uma fase que Allan Kardec chamou de "perturbação", ou seja, ele vai perdendo a plenitude de sua consciência à medida que a gravidez avança, como se tivesse adormecendo. Quando nasce as lembranças de sua vida anterior estão completamente apagadas. Sobre as três últimas perguntas, sugerimos leitura das questões 344 a 360 do Livro dos Espíritos. 

É verdade que a Terra passa de um mundo de expiações para um mundo de regeneração, e que este mundo praticamente começaria junto com a virada do milênio? E ainda, que muitos dos Espíritos que hoje desencarnam, se não tiverem seu campo vibratório em sintonia com esse novo mundo que se aproxima (regeneração), somente poderão reencarnar em outros planetas ainda em expiação?
Sim, a Terra passa por um processo acelerado de transformação. Suspeita-se que a profunda crise humana, chamada pelos Profetas de "A grande tribulação", esteja se aproximando do nosso tempo. Não há uma época específica para o ponto crítico dessa crise e o próprio Jesus afirmou que só Deus saberia o dia exato que isso aconteceria. Disse, no entanto, que por determinados sinais seus seguidores poderiam reconhecê-la. Veja mais detalhes nas Escrituras, Evangelho Segundo Mateus, capítulos 24 e 25. Quanto aos Espíritos que desencarnam, se não tiverem condições para viver numa sociedade de regeneração, certamente serão levados para outros mundos, conforme seu próprio grau evolutivo. Claro, isso acontecerá num tempo específico. Só em períodos distintos existem migrações de Espíritos humanos para outros orbes.

Quer conhecer mais a doutrina espírita nos visite aos sábados de estudos:

15:00 - Evangelização infantil.
15:00 - Mocidade espírita(estudo da doutrina para jovens).
17:30 - Estudo da Doutrina Espírita(para jovens e adultos).

Estude Kardec, Vivencie Jesus e ensine o Amor...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O QUE É E COMO FAZER EVANGELHO NO LAR.

 


O QUE É O EVANGELHO NO LAR?

O Estudo do Evangelho no Lar é uma reunião em família, num determinado dia e hora da semana, para uma troca de ideias sobre os ensinamentos cristãos, em proveito do nosso próprio esclarecimento e do equilíbrio no lar.


Não é nenhuma invenção do Espiritismo, mas uma prática ensinada pelo próprio Mestre Jesus, que se reunia com os apóstolos e seguidores na casa de Pedro, em Cafarnaum, noutras aldeias e no próprio Tiberíades, em torno dos sagrados escritos.



Conhecido também como Culto Cristão do Lar, o estudo do Evangelho é, ao mesmo tempo, um encontro fraternal do qual participam os espíritos familiares e demais interessados no progresso moral do grupo. Outros aproveitam para se esclarecer, também como nós.



É uma prática cristã que a Doutrina Espírita recomenda como recurso poderoso contra a obsessão, de grande alcance na limpeza e higiene espiritual do lar. É um canal de comunicação com Jesus e sintonia com os bons espíritos.



É uma das formas mais saudáveis de fraternidade, que começa na família através do diálogo sincero e do exercício da caridade. Cada lição do Evangelho é um roteiro de luz e de bênçãos para o grupo familiar e para toda a área em que esteja instalado o lar que o pratique.

POR QUE FAZER O EVANGELHO NO LAR? 



O Estudo do Evangelho no Lar abre as portas da nossa casa aos benefícios espirituais, da mesma forma que desentendimentos, brigas e xingamentos favorecem o assalto das sombras (Richard Simonetti). Atrai os bons e afasta ou esclarece os maus espíritos.



Conduz-nos a uma compreensão racional dos ensinamentos do Cristo, levando-nos ao esclarecimento e à aceitação de tê-los como roteiro seguro para nossas vidas. Ajuda-nos a superar as dificuldades no lar e fora dele, acendendo-nos a luz da compreensão e da paciência. 



Modifica o padrão vibratório dos nossos pensamentos e sentimentos, desanuviando as nossa mentes congestionadas das criações inferiores, agentes da enfermidade e dos desequilíbrios. Com Jesus no Lar, pelo estudo e vivência do Evangelho, tem-se a verdadeira paz. 



Com o Evangelho no Lar formamos as defesas magnéticas da nossa casa, impregnando o ambiente espiritual das energias positivas que desestimulam toda ação maléfica. É uma verdadeira segurança espiritual que passa a funcionar em benefício de todo o grupo.



Além da ajuda que essa prática proporciona no programa espiritual de todo o grupo familiar, estende a caridade aos vizinhos e a quantos se sintam também estimulados a mudar com o nosso exemplo Quantos espíritos igualmente se beneficiam com essa fonte de luz!
 


COMO FAZER O EVANGELHO NO LAR?

1. Escolha o dia de sua preferência. Sugerimos um dia de fácil memorização, por exemplo, segunda ou sexta-feira.
2. Escolha um aposento silencioso e agradável da casa, de preferência a sala de jantar, e que esteja com os aparelhos eletro-eletrônicos desligados.

3. Coloque uma jarra com água sobre a mesa, para fluidificação. Na falta dessa podem ser utilizados copos, qualquer um, em número correspondente aos integrantes do Evangelho.

4. Sentar-se à mesa sem alarde e sem barulho.

5. Fazer a prece de abertura, a que toque mais fundamente o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é, repetimos, o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.

6. Após, fazer uma leitura breve de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Comentar com palavras próprias o trecho lido. No início poderá existir certa timidez mas, com o correr do tempo, os comentários surgirão espontaneamente pois que os Espíritos amigos estarão auxiliando na compreensão dos textos selecionados.

7. Os demais integrantes poderão tecer comentários também, caso o desejem, mesmo que estes levem a assuntos pessoais e/ou a diálogos, naturalmente que sempre pertinentes ao tema em foco. O Evangelho no Lar é antes de tudo uma reunião de Espíritos reencarnados no mesmo ambiente, buscando através da prece, da elevação de pensamentos e do diálogo fraterno, o amparo e o auxílio do Mais Alto para seus problemas e necessidades. Não deve ser jamais solene ou ritualístico, com palavras e movimentos decorados a lembrar missas e demais cultos.

8. Para incentivar a participação dos filhos ou demais membros, com exceção do pequeninos, é conveniente pedir que leiam mensagens espíritas, para reflexão do grupo. Incentivar também, com carinho, o comentário após a leitura. Sugerimos aqui os livros Fonte Viva e/ou Pão Nosso, de Emmanuel, Agenda Cristã e/ou Sinal Verde, de André Luiz.



9. Proferir a prece de encerramento e rogar, como exemplo, pela paz, harmonia, saúde e felicidade dos membros da reunião e de todos com os quais convivem. Desejando, rogar também pelos doentes, desamparados e infelizes da Terra. Por último, pedir a bênção de Deus para os familiares desencarnados, sem temor. A lembrança da prece alegra e pacifica os que partiram.
10. É completamente desaconselhável qualquer manifestação mediúnica durante o Evangelho no Lar.

11. Servir, após a prece de encerramento, a água fluidificada.

12. Tempo: o necessário para a família. Sugerimos uma reunião de 15 a 30 minutos. Música: sim, se for do agrado de todos. Sugerimos música instrumental, em volume baixo.



Lar

Lar é instituição essencialmente divina e que se deve viver, dentro de suas portas, com todo o coração e com toda a alma. Enquanto as criaturas vulgares atravessam a florida região do noivado, procuram-se mobilizando os máximos recursos do espírito e, daí o dizer-se que todos os seres são belos quando estão verdadeiramente amando. O assunto mais trivial assume singular encanto nas palestras mais fúteis. O homem e a mulher comparecem aí, na integração de suas forças sublimes. Mas logo que recebem a bênção nupcial, a maioria atravessa os véus do desejo, e cai nos braços dos velhos monstros que tiranizam corações. Não concessões reciprocas. Não há tolerância e, por vezes, nem mesmo fraternidade. E apaga-se a beleza luminosa do amor, quando os cônjuges perdem a camaradagem e o gosto de conversar. Daí em diante, os mais educados respeitam-se; os mais rudes mal se suportavam. Não se entendem. Perguntas e respostas são formuladas em vocábulos breves. Por mais que se unam os corpos, vivem as mentes separadas, operando em rumos opostos.

XAVIER, Francisco Cândido. Nosso Lar. Pelo Espírito André Luiz. FEB.



segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O Médium e o Estudo

O Médium e o Estudo

Walter Barcelos


          "Que o médium que não sinta com forças de perseverar no ensino espírita se abstenha, pois, não tornando proveitosa a luz que o esclareceis, será mais culpado e terá de expiar a sita cegueira."
Pascal
- "O Livro dos Médiuns ", Allan Kardec, cap. XXXI - Dissertação nº 13

            Toda empresa humana responsável exige de seu operário que seja esforçado e atencioso, que estude sempre e aprenda continuadamente para se desenvolver, adquirindo competência e eficiência. Da mesma forma, o Espiritismo isto espera de seus profitentes
A Doutrina Espírita não alimenta ilusões nem fantasias de menor esforço para nenhum adepto, muito menos para aqueles que pertencem ao quadro de trabalhadores efetivos. No trecho em referência, o espírito Pascal em outras palavras quer nos dizer: ao médium que não se interessar pelo conhecimento da Doutrina Espírita, melhor será para ele abster-se da prática medianímica, ou seja, que paralise suas atividades, porque assim estará se isentando de cometer absurdos doutrinários, por permanecerem voluntária cegueira espiritual.
                Não se justifica nenhum médium ficar longo período da vida em estado de ignorância doutrinária e estagnação moral, pois necessita alcançar a posição respeitável de bom instrumento psíquico afinado com as notas divinas da Doutrina dos Espíritos, para agir proveitosamente, tirando o máximo de crédito e lucros espirituais.
                 O médium espírita não poderá contar somente com a luz de seus guias espirituais. Indispensável conquistar sua própria luz interior, porque o guia nem sempre estará de sentinela, protegendo-o e livrando-o das dificuldades e tentações. Como manter o médium a sintonia mental elevada, a inspiração superior e a intuição construtiva, se pouco se interessa pelo estudo sério e aprofundado do Espiritismo, muito especialmente as obras de Allan Kardec? Como amar uma doutrina que muito mal conhece? O espírito Emmanuel no livro "O Consolador", na questão n° 392, afirma, quanto ao dever de todo medianeiro espírita:
"O médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalharem todos os instantes pela sua própria iluminação".
         Quem serão esses médiuns? Obviamente, são todos aqueles engajados na casa espírita, principalmente das equipes de desobsessão, trabalho de passes, tratamento e cura espirituais.
Aqueles que se destacam pela sua força mediúnica e faculdades psíquicas avantajadas deveriam, com maior devotamento, se entregar à sagrada obrigação de estudar com mais seriedade e disciplina as obras espíritas, pois estão se posicionando como orientadores da multidão e aglutinadores das atenções para o Espiritismo.

       No contato com dirigentes de centros espíritas, conversando sobre grupos mediúnicos, chegamos à conclusão de que diminuta é a percentagem de medianeiros que verdadeiramente gostam de estudar e aprender manuseando, principalmente, as obras básicas do Espiritismo.
Na atualidade, o médium espírita precisa estudar Kardec com método e perseverança, seja em particular - em sua residência - ou em equipe, principalmente na casa espírita, na forma de "Círculo de Estudos", onde encontrará a luminosa oportunidade de dialogar, debater, opinar, ouvir diversas interpretações e dar também o seu entendimento, tudo dentro de um ambiente fraterno e familiar, promovendo luzes de verdade para todos.
Os médiuns que não gostam de estudar a Doutrina estão numa posição muito estranha, porque desejam servir com os espíritos da luz para consolar e esclarecer multidões de criaturas ignorantes, sendo que, por sua vez, permanecem com o cérebro embotado ao discernimento kardequiano. Os médiuns levianos fogem do esclarecimento espírita, alegando:
"Eu gosto mesmo é de trabalhar na mediunidade e ajudar os que mais sofrem, enfim fazer a caridade que Jesus nos ensinou. Não gosto da teoria! É muita falação! Eu prefiro a prática!
O que conheço de Espiritismo, somado à minha experiência, já é o bastante. Não preciso de mais estudo. Estudar muito a Doutrina perturba minha mente e o meu trabalho".
Quanto de presunção e de vaidade encontramos nestas palavras saídas da boca de médiuns orgulhosos!
Devido aos médiuns, em grande maioria, não buscarem a pureza dos ensinos kardecistas, encontramos com facilidade por toda parte, centros espíritas realizando trabalhos mediúnicos os mais absurdos e exóticos, com absoluta ausência de disciplina, discernimento e prudência tão apregoados por Allan Kardec.
          Alguém poderá indagar: Por que o bom médium precisa estudar, se ele sempre está com os mentores espirituais? Responderemos: Naturalmente, porque ele não é uma criatura infalível e nem possui privilégios e proteção especial dos Espíritos Superiores. O médium espírita é um aprendiz como qualquer outro companheiro de fé; um aluno necessitado de se iluminar constantemente; um discípulo chamado a conquistar as virtudes cristãs; um canal mediúnico sujeito a receber e aceitar tanto a inspiração de entidades benfazejas como das inteligências perversas e mistificadoras, dependendo sempre da direção e uso que dê à sua força mediúnica.
O estudo sério nunca perturbou ou fez adoecer pessoa alguma. Sendo assim, o médium precisa amar mais a Doutrina Espírita, estudando-a com prazer e disciplina, aplicação e perseverança.

"Mediunidade e Discernimento", Ed. Didier,
Aliança Espírita - Julho de 2000