"A mediunidade é inerente a uma disposição orgânica, de que qualquer
homem pode ser dotado, como a de ver, de ouvir, de falar.[...] A
mediunidade é conferida sem distinção a fim de que os Espíritos possam
trazer a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao
pobre como ao rico; aos retos, para os fortificar no bem, aos viciosos
para os corrigir. [...] A mediunidade não implica necessariamente
relações habituais com os Espíritos superiores. É apenas uma aptidão para
servir de instrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos, em geral. O
Bom médium, pois, não é aquele que se comunica facilmente, mas aquele
que é simpático aos bons Espíritos e somente deles tem assistência."
(Allan Kardec: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 24, item 12.)
"Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos
é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não
constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são
as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se
que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim se
qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem
caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o
que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva."
(Allan Kardec: O Livro dos Médiuns. Segunda Parte. Cap. 24, item 159.)
Digamos, antes de tudo, que a mediunidade é inerente a uma disposição
orgânica, de que qualquer homem pode ser dotado, como da de ver, de
ouvir, de falar. Ora, nenhuma há de que o homem, por efeito do seu
livre-arbítrio, não possa abusar, e se Deus não houvesse concedido, por
exemplo, a palavra senão aos incapazes de proferirem coisas más, maior
seria o número de mudos do que os dos que falam. Deus outorgou
faculdades ao homem e lhe dá a liberdade de usá-las, mas não deixa de
punir o que delas abusa.
Se só aos mais dignos fosse concedida a faculdade de comunicar com os
Espíritos, quem ousaria pretendê-la? Onde, ao demais, o limite entre a
dignidade e a indignidade? A mediunidade é conferida sem distinção, a
fim de que os Espíritos possam trazer a luz a todas as camadas, a todas
as classes da sociedade, ao pobre como aos ricos; aos retos, para os
fortificar no bem, aos viciosos para os corrigir. Não são estes últimos
os doentes que necessitam de médico? Por que Deus, que não quer a morte
do pecador, o privaria do socorro que o pode arrancar ao lameiro? Os
bons Espíritos lhe vêm em auxílio e seus conselhos, dados diretamente,
são de natureza a impressioná-lo de um modo mais vivo do que se os
recebesse indiretamente. Deus, em sua bondade, para lhe poupar o
trabalho de ir buscá-la longe, nas mãos lhe coloca a luz. Não será ele
bem mais culpado, se não a quiser ver? Poderá desculpar-se com a sua
ignorância, quando ele mesmo haja escrito com as suas mãos, visto com os
seus próprios olhos, ouvido com seus próprios ouvidos, e pronunciado
com a própria boca a sua condenação? Se não aproveitar, será então
punido pela perda ou pela perversão da faculdade que lhe fora outorgada e
da qual, nesse caso, se aproveitam os maus Espíritos para o obsidiarem e
enganarem, sem prejuízo das aflições reais com que Deus castiga os
servidores indignos e os corações que o orgulho e o egoísmo endureceram.
A mediunidade não implica necessariamente relações habituais com os Espíritos Superiores. É apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos, em geral.
Segundo Emmanuel, a mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda a carne e prometida pelo Divino Mestre aos tempos do Consolador, em curso atualmente na Terra. Sendo Luz que brilha na carne, a mediunidade é atributo do Espírito, patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura terrena, enriquecendo todos os seus valores no capítulo da virtude e da inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios cristãos na sua trajetória pela face do mundo.
"Mediunidade é talento do céu, para o serviço de renovação do mundo. Lâmpada que nos cabe acender, aproveitando o óleo da humildade, é indispensável nutrir com ela a sublime luz do amor, a irradiar-se em caridade e compreensão para todos os que nos cercam. Emmanuel"
Por outro lado, todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva.
O médium, assim, é o ser, o indivíduo que serve de traço de união aos Espíritos, para que estes possam comunicar-se facilmente com os homens: Espíritos encarnados. Por conseguinte, sem médium, não há comunicações tangíveis, mentais, escritas, físicas, de qualquer natureza que seja.
Nota-se, entretanto, que o bom médium, pois, não é aquele que se comunica facilmente, mas aquele que é simpático aos bons Espíritos e somente deles tem assistência. Unicamente neste sentido é que a excelência das qualidades morais se torna onipotente sobre a mediunidade.
A missão mediúnica, se tem seus percalços e suas lutas dolorosas, é uma das mais belas oportunidades de progresso e de redenção concedidas por Deus aos seus filhos misérrimos.
Assim é que os grandes Instrutores da Espiritualidade utilizam-se dos médiuns para a transmissão de mensagens edificantes, enriquecendo o Mundo com novas revelações, conselhos e exortações que favorecem a definitiva integração a programas emancipadores. Tudo isso pode o mediunismo conseguir se o pensamento do Nosso Senhor, repleto de fraternidade e sabedoria, for a bússola de todas as realizações.
Parte retirada do ESDE - Tomo 1 Modulo V - Comunicabilidade dos espíritos
A mediunidade não implica necessariamente relações habituais com os Espíritos Superiores. É apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos, em geral.
Segundo Emmanuel, a mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda a carne e prometida pelo Divino Mestre aos tempos do Consolador, em curso atualmente na Terra. Sendo Luz que brilha na carne, a mediunidade é atributo do Espírito, patrimônio da alma imortal, elemento renovador da posição moral da criatura terrena, enriquecendo todos os seus valores no capítulo da virtude e da inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios cristãos na sua trajetória pela face do mundo.
"Mediunidade é talento do céu, para o serviço de renovação do mundo. Lâmpada que nos cabe acender, aproveitando o óleo da humildade, é indispensável nutrir com ela a sublime luz do amor, a irradiar-se em caridade e compreensão para todos os que nos cercam. Emmanuel"
Por outro lado, todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva.
O médium, assim, é o ser, o indivíduo que serve de traço de união aos Espíritos, para que estes possam comunicar-se facilmente com os homens: Espíritos encarnados. Por conseguinte, sem médium, não há comunicações tangíveis, mentais, escritas, físicas, de qualquer natureza que seja.
Nota-se, entretanto, que o bom médium, pois, não é aquele que se comunica facilmente, mas aquele que é simpático aos bons Espíritos e somente deles tem assistência. Unicamente neste sentido é que a excelência das qualidades morais se torna onipotente sobre a mediunidade.
A missão mediúnica, se tem seus percalços e suas lutas dolorosas, é uma das mais belas oportunidades de progresso e de redenção concedidas por Deus aos seus filhos misérrimos.
Assim é que os grandes Instrutores da Espiritualidade utilizam-se dos médiuns para a transmissão de mensagens edificantes, enriquecendo o Mundo com novas revelações, conselhos e exortações que favorecem a definitiva integração a programas emancipadores. Tudo isso pode o mediunismo conseguir se o pensamento do Nosso Senhor, repleto de fraternidade e sabedoria, for a bússola de todas as realizações.
Parte retirada do ESDE - Tomo 1 Modulo V - Comunicabilidade dos espíritos
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